As pessoas inventam exercícios o tempo todo! Parece que é como se Anatomia e Biomecânica mudassem todo mês! E, no geral, são invenções potencialmente ineficientes e arriscadas, como é o caso dessas variações do chamado Sapinho, Perereca ou etc. 

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O primeiro problema é que o alongamento da musculatura (no caso, aproximar o joelho do tronco) é muito importante e essas maluquices não permitem que isso ocorra adequadamente. Por mais que haja possibilidade de resultados com trabalhos encurtados eles são, invariavelmente, menores que os trabalhos em grandes amplitudes.
 
    
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Além disso, deve-se lembrar que a extensão de quadril só ocorre até pouco depois da perna ficar alinhada com seu corpo. A perna só vai para trás devido à hiperlordose. Isso pode ser percebido nitidamente em vários casos em que se percebe a contração da musculatura lombar, gerando uma hiperlordose ao ponto de podermos perceber o quadril dela saindo do banco quando a perna sobe. Além de não ser um trabalho dinâmico do glúteo, isso ainda aumenta a força de cisalhamento na coluna.
 
    
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Ou seja, é um trabalho de pouca eficiência e alto risco!!
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Vou contar um segredo sobre treinos de glúteos! Se quiser trabalha-lo bem, você precisa de uma base estável para gerar flexão/extensão de quadril usando cargas elevadas e em grandes amplitudes. Onde isso acontece? Agachamento, levantamento terra, leg press, afundo, por exemplo! Se fizer isso não precisa de mais nada, até porque treino bom não precisa de complemento, principalmente se o complemento for um exercício ruim. Se os básicos não forem suficientes, faça-os com mais amplitude, mais carga e/ou faça mais repetições. 
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A dica de hoje é: basta fazer o básico, sem expor os terráqueos ao ridículo e ao risco.
 
(Paulo Gentil)
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