Pais obesos, filhos obesos? O que é que a dieta mediterrânea pode fazer por nós? Mas afinal quais são as causas da obesidade? Sabia que um adulto obeso com 40 anos pode ter menos sete anos de vida?

 

Desde 1980 que a prevalência da obesidade quase duplicou em todo o mundo. Em 2015, havia um total de 603 700 milhões de pessoas obesas na Terra.
 
Os números em Portugal são alarmantes, sendo um dos países Europeus com maior taxa de obesidade: cerca de 1,5 milhões de portugueses são obesos e 3 milhões têm excesso de peso. É quase metade da população!
 
A obesidade é uma doença que não brinca em serviço na medida em que está associada ao aparecimento de doenças como a diabetes, a hipertensão arterial, a apneia obstrutiva do sono e o cancro.
 
Aos  40 anos de idade, a esperança média de vida de um adulto com obesidade encontra-se reduzida em cerca de 7 anos. 
 
Naturalmente que um estilo de vida desregrado através de uma alimentação desequilibrada e a falta de exercício físico têm muitas responsabilidades nesta matéria.
 
Dora Romaguera, investigadora de epidemiologia nutricional e fisiopatologia cardiovascular no Instituto de Investigação das Ilhas Baleares, distinguida com o prémio de jovens cientistas, anda a estudar se a combinação da dieta mediterrânea com a atividade física e perda de peso moderada é uma boa estratégia para prevenir e tratar da diabetes tipo 2, em que cerca de 90% dos doentes têm excesso de peso e obesidade.
 
O estudo envolve 6800 participantes e tem vindo a demonstrar que aqueles que aderem à dieta mediterrânea e diminuem de peso melhoram os marcadores da diabetes.
 
A investigadora defende a dieta mediterrânea – 50% de vegetais, 25% de alimentos ricos em hidratos de carbono e 25% em alimentos proteicos (como peixe, legumes, frango, ovos), como meio de prevenir não só a obesidade e a diabetes, como também o cancro da mama, o cancro colorrectal e ainda doenças do foro cognitivo como a depressão.
 
Fatores ambientais que têm alterado o estilo de vida dos mais jovens e uma alimentação altamente desequilibrada, principalmente nas grandes cidades, são determinantes no aumento desta doença. 
 
Existe também um fator genético. O estado de obesidade da mãe, o desenvolvimento de diabetes gestacional ou sua dieta durante a gravidez predispõem a criança a desenvolver obesidade ou diabetes no futuro.
 
Geralmente a obesidade ocorre nas famílias, ou seja, vê-se pais obesos com filhos obesos. É difícil saber se é por causa do meio ambiente na casa como por exemplo no tipo de alimentação ou porque a mãe é obesa na gravidez.
 
A obesidade tem um impacto significativo na qualidade de vida. Há causas, nomeadamente doenças endócrinas que provocam obesidade e excesso de peso. 
 
Mas, afinal de contas, como é que ela surge? A obesidade acontece quando a ingestão calórica excede o consumo energético do corpo. O impacto fisiológico deste desequilíbrio energético sobre o peso corporal pode ser diferente de pessoa para pessoa, pela influência de fatores genéticos, físicos e ambientais.
 
O Índice de Massa Corporal (IMC) é o indicador mais utilizado na prática clínica e resulta de uma relação entre o peso e a altura, relacionando-se habitualmente de forma fiável com a percentagem de gordura corporal. 
 
É, contudo, aconselhável também avaliar o perímetro da cintura que nos dá informação relativamente à gordura visceral, a mais desfavorável para a saúde.
 
Fonte: Notícias Magazine
 
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