Ser móvel é um aspeto crucial na nossa saúde. Se uma pessoa não é capaz de promover movimento numa determinada articulação ao longo de toda a sua amplitude, a eficiência da mesma está comprometida. Vê o que podes fazer para ganhar mobilidade articular.
 
 
O que é a mobilidade articular?
Entende-se como amplitude de movimento a distância e direção naturais do movimento de uma articulação limitada pela integridade de tendões, ligamentos, cápsulas, músculos e fáscia. 
 
Ultrapassar esse limite resultará em lesão, da mesma forma que uma amplitude reduzida irá desencadear mecanismos de compensação causando stress sobre outras estruturas conduzindo a sintomas de dor e/ou lesão.
 
Numa primeira instância “flexibilidade” e “mobilidade” podem parecer sinónimos, mas na realidade são conceitos bem distintos com impacto relevante na saúde articular e consequentemente na performance desportiva, na qualidade de vida e no bem-estar. 
 
A mobilidade é definida como o grau de amplitude obtido de forma ativa através da aplicação de uma força interna em determinada articulação referente à quantidade de movimento que esta possui. Já a flexibilidade refere-se apenas aos graus de movimentos que são atingidos de forma passiva através da aplicação de uma força externa não considerando padrões de movimento fundamentais específicos. 
 
Resumidamente, a mobilidade abrange uma gama de fatores que podem afetar a amplitude de movimento articular. Um desses fatores é a flexibilidade! É difícil mover uma articulação sem ter uma extensibilidade normal dos tecidos moles que a rodeiam, contudo é necessário ter em consideração outros fatores como défices de força, danos desses mesmos tecidos ou algum problema ao nível articular. 
 
Dessa forma, ter uma boa flexibilidade pode, em teoria, ser favorável ao alcande de uma maior amplitude por parte de uma articulação, no entanto, é limitado se outros fatores não estiverem presentes. 
O crescente número de pessoas a praticar exercício físico de forma regular e as tendências que este tem assumido faz com que seja mais um tema em voga, com vista à melhoria da saúde articular. 
 
Os exercícios de mobilidade podem surgir no início da sessão de treino, procurando restaurar a amplitude de movimento normativa e diminuir assimetrias, estabelecendo uma base para uma integração progressiva de movimentos mais complexos de forma eficiente. 
 
A integração em movimentos mais complexos permite a manutenção dos índices de mobilidade, sem que seja necessário um trabalho isolado e específico de forma contínua, no entanto, os exercícios de mobilidade podem surgir nos períodos de recuperação entre séries de exercícios de força (recuperação ativa) e/ou no retorno à calma fazendo parte das estratégias regenerativas.
 
Benefícios
Um bom índice de mobilidade possibilita a realização de padrões de movimento com mais eficiência, permitindo às articulações suportar cargas de forma mais segura.
 
Consequentemente irá promover um aumento do desempenho numa determinada tarefa uma vez que o sistema neuro-musculo- esquelético funciona de forma otimizada, não tendo a necessidade de criar compensações como resultado de uma mecânica ineficiente. 
 
Ao evitar o uso excessivo de determinadas estruturas, o risco de lesão será menor e a recuperação entre treinos mais rápida.
 
Em suma, a inclusão do trabalho de mobilidade nas sessões de treino pode melhorar drasticamente a performance e longevidade, razão pela qual não deve ser negligenciada!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Revista Sport Life
 
 
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